Como é doido mudar e mudar e mudar e mudar e continuar a mesma, mas tão diferente...

Como é doido ler os meus desabafos e ver como eles foram necessários pra que eu me tornasse quem sou, e quem estou me tornando...

Como é doido aprender e aprender e aprender e continuar aprendendo, todo dia, e todo dia sentir que sou mais e mais eu mesma...

Como é doido sentir tanta dor e tanta felicidade ao mesmo tempo, sentir TANTO quando eu achei que já sentia demais...

Ou talvez eu sempre senti demais, só não queria assumir, não queria permitir, não queria me descontrolar (mesmo já sendo bastante descontrolada a minha vida toda.)

Como é doido mudar e mudar e mudar e mudar e continuar a mesma, mas melhor ♥

Eu tento aceitar que preciso deixar um pouco meu ego de lado, e confiar nas pessoas que me amam...

Mas por mais que eu tente ignorá-lo, ele tá GRITANDO! Arranhando todas as paredes com os dedos em carne viva! Ele tem certeza absoluta que eu vou me ferrar! Que eu vou sofrer de novo! Que o melhor é fugir! Que sozinha eu sempre fiquei bem e dei conta! Foi ele que SEMPRE me protegeu! Ele é meu instinto, é o que me manteve viva até agora!

E é a primeira vez que eu tô ignorando ele COMPLETAMENTE! 

Eu quero confiar que eu não preciso mais desse comportamento... Eu quero confiar, deixar meu coração completamente vulnerável, batendo nu nas tuas mãos e confiar que vai dar tudo certo... Mas não tem sido fácil, e já não foi a primeira vez que me senti dessa maneira...

P.S.: No final das contas esse blog poderia se tornar muito facilmente um livro sobre o meu relacionamento com o poliamor e o meu caminho pra no final descobrir que eu já estou estragada demais pra conseguir amar e ser amada dessa maneira.

 Tá tudo bem.

Amar é arriscar né. E eu não queria que vocês achassem que eu não vejo o amor de vocês. Eu vejo, eu sinto, eu SEI, só não me sinto parte.

E tá tudo bem.

Goodbye, and thanks for all the fish!

Ooh-ooh, ooh

Ooh-ooh, ooh

Ooh-ooh, ooh

As I pour out my story, drink me up, there is wine in every word

Here's to us, now, my dear, we're being strong now

And the dark dresses lightly, razor sharp as it cuts right through my soul

Here's to us, now, my dear, you took too long

Guess I shouldn't have kept the knife in my heart for so long

Guess I shouldn't have held back when I needed you to know

Guess I shouldn't have kept the knife in my heart for so long

Guess I shouldn't have held back when I needed you to know

Oh, ooh-ooh, oh

I just want to cry with you tonight

Oh, ooh-ooh, oh

It's perfectly fine to grievе the hurt that's gonna die

Ooh-ooh, ooh

Ooh-ooh, ooh

Let us dancе to our sorrow, make amends, there's so much you still don't know

Here's to us now, my dear, we're going deep now

All this fear, it's contagious, now we're here, let our glasses overflow

Here's to us now, my dear, we took too long

Guess I shouldn't have kept the knife in my heart for so long

Guess I shouldn't have held back when I needed you to know

Guess I shouldn't have kept the knife in my heart for so long

Guess I shouldn't have held back when I needed you to know

Oh, ooh-ooh, oh

I just want to cry with you tonight

Oh, ooh-ooh, oh

It's perfectly fine to grieve the hurt that's gonna die

Ooh-ooh, ooh

Oh, oh, oh, can you feel it? (ooh-ooh, ooh)

Mmh, yeah, mmh, yeah, let me feel it (ooh-ooh, ooh)

Louder, louder (ooh-ooh, ooh)

Louder, louder, louder (ooh-ooh, ooh)

To the rivers, to the water, where the floodgates are wide open

And the tower is fallen onto you

Let me feel it darling, darling, darling (to the rivers, to the water)

Let me feel it darling, darling, darling (where the floodgates are wide open)

Let me feel it darling, darling, darling (and the tower is fallen onto you)

Oh, yeah, oh, yeah

Se eu não tivesse abafado esse fogo com um caminhão de asfalto quente, ninguém mais daria conta de apagar. Ainda bem que deu tempo né (rs).

Eu abri meu peito, deixei toda dor sair, senti ela como se fosse a primeira vez, confiando que vocês iam cuidar de mim, cuidar da minha dor, me entender e me validar...

Mas ao invés disso, eu fui apontada como a culpada.

"Você não se abre pra gente, você odeia contato físico, eu não te beijei mesmo quando você pediu porque você que não queria (mesmo você tendo pedido)"

...e o fogo ardeu tão alto e quente como nunca antes... Ele inundou todo o meu corpo de fumaça preta como piche, queimou e derreteu cada célula do meu sistema, estalou tão agudo e alto como se fosse uma sirene gigantesca e amplificada...

E isso deixou vocês tristes, sem conseguir reagir, sem conseguir conter, sem aguentar ver ele queimando...

"Espera um pouco mais, seja paciente, a gente quer te beijar mas é MUITO DIFÍCIL"

Tudo o que eu não queria era ser difícil de amar...

Mas eu entendi agora, ninguém consegue lidar com os meus sentimentos nus e crus. Entendi que meu coração é vermelho demais, quente demais, molhado demais pra segurar... Eu confiei que vocês dariam jeito, por amor, mas ficou claro como o dia que eu sou demais (e eu juro que eu não culpo vocês). Sempre fui demais. É hora de esquecer o fogo, é hora de abaixar a cabeça e continuar o caminho, sentindo o mínimo que eu conseguir.

Alcancei os meus prazos de projeto pra poder ficar mais tempo procrastinando pra poder atrasar os próximos prazos com calma né ♥

I'd rather not

"Maybe, maybe it will be alright

We all hurt sometimes, and

Maybe, maybe it will be alright

We are running through the waves of time

And the truth can lie in the arms of a fight

And I try, and I try

But it hurts so much to be in touch

So I'd rather not"

 Eu tenho muito ódio

De olhar pra fora e ver uma torre de casas

De ver essa gente toda empilhada

Um em cima de outro

Como peixes mortos organizados num congelador

Eu não vejo que caralhos de lógica tem nessa merda

Porque tem tanta gente num lugar só?

Porque tem tanta gente?

Não me parece nem um pouco natural

Não tem espaço que chega

Não tem verde que chega

Não tem nem céu que chega

Nem ar, nem água, nem amor

Eu me sinto um alienígena nesse lugar

Chorando pra uma lua ofuscada por um poste

Uma porra de um poste de energia elétrica com uma baita de uma luminária de led ridícula e luminosa

Uma pequena lua minguante

Que míngua como eu

Acho que pelo menos nisso, encontro paz

O mundo morre aos poucos, sem volta 

E eu também.

É que eu não sei pedir ajuda

E isso dá a impressão

De que eu não preciso...

Mas por dentro

Eu tenho me sentido sozinha

Desapoiada

Enfrentando monstros invisíveis

Eu e minha espada de madeira

E essa lagoa constantemente borbulhando no meu peito

Tenho me sentido estranha

Deslocada

Desapoiada

E eu queria tanto que alguém notasse

Que me oferecesse ajuda

Porque eu não sei pedir...