10 de nov. de 2014

Voar, e voar, e voar! Asas permanentes *-*

E então um certo dia eu aprendi a voar, e caí. Mas continuei aprendendo, de vários jeitos, com vários professores, a várias alturas... Mas sempre havia aquele medinho, aquela coisa boba de "olha que alto, e se eu cair?" Andei até mesmo me conformando de ser assim, me ajustando à uma vida onde os melhores vôos sempre teriam os piores tombos. Pode parecer bobo, mas isso não tinha tirado a magia que pra mim havia em voar. Eu voaria, mais mil vezes se me deixassem, mesmo sabendo que iria cair. De cicatrizes eu me enchi, e não sei mais se há espaços vazios... Sinceramente, nunca paro pra contar.

Onde quero realmente chegar é nesse novo vôo que estou experimentando. Não é como se eu estivesse subindo devagar, vendo o quão alto está ficando, tendo tempo de ter medo. Foi uma subida brusca, e impressionantemente rápida! Quando vi, já estava passando por entre as nuvens, sentindo-as leves e suaves roçando minha pele, a umidificando... Quando vi, havia uma mão na minha, segurando tão forte quanto se pode segurar sem machucar, e com um beijo suave, fez meus pés tatuados serem alados de verdade! 

Ah, verdade, esqueci de falar sobre a parte do tombo: não o vejo, não o sinto, mal lembro de como é cair. Antes, a sombra dele me seguia, em cada esquina escrevendo em letras de fumaça "Cuidado!", mas agora não consigo mais ver nada, e olha que eu insisto em procurar! 

Acho que eu ganhei asas permanentes, dessas que não falham, dessas que são fortes como o próprio osso, que têm penas impermeáveis e possuem envergadura maior do que a minha própria altura! Acho mesmo que eu aprendi a voar, e já deixo dito: que meu professor nunca mais se livrará de mim, pois minhas asas fortes também são rápidas, fofas e aconchegantes, e ninguém sai de perto do que é fofo e aconchegante! :3

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