16 de dez. de 2015

SHAKE IT OUT

Como uma bruxa feliz por suas culpas, envolta por orgasmos e risadinhas, e tudo cheira a flores e vinho! O ruivo se torna acobreado, a pele lisa fica cheia de marcas coloridas e dançantes, o cabelo antes sempre disciplinado, agora toma formas e dança com tudo o mais! A voz antes tímida agora grita e gargalha, as mãos sempre pra baixo, agora se levantam e louvam à lua e às estrelas! E tudo é cheio de instrumentos e olhares e azul claro! E não há mais peso, há somente libertação, e felicidade, e tudo é pleno, como deve ser!

9 de dez. de 2015


Levar ele pra passear, deitar numa grama e observar a beleza da indecisão dos seus cachinhos...
Segurar a sua mão enquanto vejo um pôr do sol cor de rosa...
Chegar depois da aula em casa, e conversar até cair no sono, porque o papo é deliciosa e rola com a facilidade que a água tem pra descer uma garganta seca...
Colocar músicas nos favoritos, e lembrar delas porque as descobrimos juntos...

4 de dez. de 2015

Enquanto houverem forças pra lutar, não me importo com o balde de água fria de manhã.

Eu luto pela minha liberdade, pela liberdade de ser eu mesma, de ir e vir e de fracassar caso precise.

Preciso me livrar de amarras, de dependências. Eu não quero ajuda, não quero empurrões, agora eu só quero paz, calmaria, sossego, desapego.

Quero meu tempo, meu lugar, quero um pouco menos de cobranças.

Tudo bem, eu sei que isso é coisa de preguiçosa, mas eu acho que é só uma compensação mesmo, sabe, por que quando é demais, precisamos de um pouco de menos.

Eu preciso de risadas, de amor, eu só quero acordar com um ronron de amor, um beijo, um cafézinho ou o sol apenas. Já me cansei de acordar assustada, com berros, com cobrança, com xingamentos.

Só quero a paz que é minha, genuinamente minha.

28 de out. de 2015

Into the Wild

E mesmo que se vá, eu sei que se foi feliz, que se foi livre, que se foi sabendo que fez tudo que queria, e só fez o que queria. 

Ás vezes, a morte não é um fim. Não quando você deixa o seu legado, o amor que inspirou, a liberdade que viveu, os pequeninos que criou do próprio sangue. Ela se foi, mas inspirou a selvageria, a liberdade, a não-aceitação de tudo, o sacrifício e as brigas pelas próprias crias, o amor pra todos (HIUAEHIUAEHUHAIEU)...

Ela se foi, mas os seus quatro pequenos me farão lembrar sempre de como ela era livre, fora dos padrões, não-domesticada, não-mansa, e mesmo assim, amorosa, responsável, mãe.

É uma despedida, e espero ser pra eles a mãe que ela foi. :/

5 de out. de 2015

Espetáculo maravilhoso, Os Bosques que Dormem, hipnotiza e nos leva à um outro mundo, tão distante e mesmo assim tão próximo de nós! O vídeo com certeza não sustenta meu amor pela peça, mas dá pelo menos pra relembrar os momentos lindos que eu vivi em minha cabeça!

Um nascimento, rejeitado, mal visto. Amor, mesmo assim, amor pra dar! E agora? Querem mudá-la! Querem que ela não seja mais ela! Tão original e linda, não conseguem ver? Mas é assim, as vezes demora, mas uma hora o amadurecimento vem, e então, quando descobrimos quem realmente somos, podemos viver felizes, tão felizes quanto se pode ser, mesmo sendo diferentes!


Nem dá pra ver minha bobice estampada de felicidade ao segurar a pérolazinha francesa, né? HIUHAEUIAHEUI




1 de out. de 2015

Curica!

Pois é, lá no meio de tantos iazus, que são sempre calmos e serenos e sábios e blablabla, estava eu. Uma gota de veneno de Ent num tanque de água pura! Não vejo graça nesse pessoal que anda devagar, e não vê graça nos vulcões explodindo. CARA, EXPLOSÕES SÃO TUDO DE BOM! Um dia, quando eu sair daqui do meio desse monte de árvores e puder criar as minhas próprias explosões, vou orgulhar meu povo, e serei amada como uma heroína! Eu consegui uma vez, sabe, uma explosão. Tem um menino aortum que inventou uns túneis bem maneiros, e nós sempre nos encontramos lá, escondidos, é claro! E ele me mostrou o que acontece se você mistura pólen de flor dilva com obsidiana derretida e um pouco de casca de aroeiro queimado. Não tem como descrever! É muito mais lindo do que as explosões dos vulcões que ele me levou pra ver num inverno no qual ninguém notaria meu sumiço. É que nós não temos pais, sabe, somos todos filhos da floresta, e como já conhecem meu histórico, nem se preocupam mais com meus sumiços. Enfim, ao contrário das explosões cinzas e monstruosas que os vulcões criam, a que nós criamos era colorida, e o som que ela emitiu... era como uma das festas de acasalamento iazu, só que acelerada e muito mais agressiva! Sabe, eu só conheço as coisas do meu povo, então não espero exatamente que você entenda o que eu digo, porque né, iazus são misteriosos e blablabla... Mas escute o que eu to dizendo, você ainda vai ver as minhas explosões por aí, vai sim! Só lembre do meu nome, e o seu show estará garantido: Alaina Bertal, FUTURA MESTRA DAS EXPLOSÕES HAHAHAHHAHAHA

17 de set. de 2015

Ser forte, aguentar as consequências das suas escolhas, mesmo que só até poder sair de perto de quem me coloca pra baixo, até poder ir pra perto de alguém que as aceite e as ame. Deixar de lado, e continuar o dia bem. Se doar, e doar amor, sem esperar nada em troca, e receber um bom dia em forma de xingamento... Aguentar mesmo assim, sorrindo e em silêncio, com a torneira aberta, e esfregando forte a escova batida entre os dentes, pra abafar os sons que eu sei que me magoariam e me fariam chorar. Sair, ligar o rádio, sorrir pras pessoas na rua, dar um beijão nas minhas pequenas, continuar o dia lutando, e lutando, do jeito que eu posso, pra chegar no colinho dele, e ficar lá pra sempre. :333

26 de ago. de 2015

Sobre lares

Lar, é diferente de casa. Por exemplo, eu estou morando na casa da minha mãe. Mas aqui não é meu lar, eu não recebo amor, nem carinho, nem me sinto à vontade aqui. Aqui é só minha casa, não é meu lar. Até sozinha eu consigo transformar uma casa em lar, mas aqui tá foda. Qualquer coisa que eu fizer que não é exatamente o que minha mãe quer, é errado. E aí fica aquele climão chato. Aquele climão de intrusa, sabe...

Estou sendo bem específica mesmo nesse texto, porque eu preciso. Preciso deixar registrado, pra nunca mais cometer o erro de dar mais valor ao dinheiro do que à minha felicidade. Preferir economizar mais, e me incomodar e ser infeliz e amarga.

Sinto falta de escutar minhas músicas, de andar pelada, de tocar violão, de dormir olhando flores iluminadas, de acordar tarde num domingo, de esquecer a comida no fogo e não ter quem me xingue, porque errar é normal. Sinto MUITA falta de receber meus amigos, de fazer uma janta gostosa, de acender velas e incensos e de poder me dedicar à ser feliz, ao invés de acumular. Sinto muita falta, mas ó

HEAR ME ROAR!

To procurando um lar de novo, logo saio dessa casa, e encontro qualquer cantinho que me aconchegue :3 Até porque... home is wherever I'm with you!


24 de ago. de 2015

Dentes apertados. Peito apertado. Quarto apertado. Dor apertada.

Preciso abrir os braços, abrir o peito, abrir os dentes. Preciso do meu doninho me abraçando todos os dias pra me dar um bom dia! Preciso de luzes na parede, de preguiça, de amor. Preciso ser eu de novo, preciso sair daqui.

Help!

11 de ago. de 2015

É que, se dez partes eu tenho, nove delas querem aproveitar todas as frutas e flores agora, enquanto apenas uma grita desesperadamente que algumas frutas estão verdes, outras podres, que algumas flores, por mais que sejam belas, ainda são apenas botões. 

É complicado, mas agora que aprendi que ser uma gigante de armadura o tempo todo não é mais necessário, que posso me sentar desprotegida e fazer qualquer outra coisa que eu ame, que posso mostrar minhas cicatrizes com orgulho, que posso andar até mesmo pelada, e ainda assim me sentir segura, quero isso sempre. 

Sei que vai chegar, mas se você parar pra pensar, minha parte 1/10 é forte pra caralho, veja só! Está até agora lutando, segurando as pontas, pra eu não me intoxicar e morrer envenenada.

Que felicidade saber que encontrei minha stronghold. Como é confortável deitar a noite, e fazer planos com uma certeza (certeza de Manu, mas conta). Como é extraordinário ter a sorte de um amor tranquilo, e ao mesmo tempo, tão chacoalhante! :333


Sobre não cometer erros

Algumas coisas, que a uns dias atrás, na sombra de outras pessoas, regadas com outras frutas (maduras, verdes ou podres), pareciam erros, coisas a se evitar, hoje parecem a coisa certa a se fazer. Hoje eu sei que tudo é relativo, e que amanhã posso mudar essa opinião. Porque sou feita de tudo que há no mundo, e a luz que me vira, também me torce, me estica, me encolhe.

Só sei que talvez, amanhã, eu ache que esteja doida quando ler meu blog, por dizer que nada sei, e que talvez eu mude e ache que saiba de tudo sobre nada, pra depois então, finalmente, perceber que não sei nem se eu sei algo ou não sei de nada.


15 de jul. de 2015

Rituais

Ó grande senhor dos dias chorados sem motivos, ó grande lorde dos apertos imaginários e das lutas desnecessárias, ó grande soberano de todos os dramas mundiais sem motivo! Eu te liberto de mim, e te mando incomodar a puta que pariu. HAUEIHIUAEHIU vlw flw


14 de jul. de 2015

Não sei como explicar... No começo achei a ideia maneira, mas quando aconteceu... Foi como... Sabe, a gaveta que você esconde as cartinhas de amor e todas as capas de caderno com o nome dele? Sabe aquelas fotos constrangedoras que vocês dois tiram só pros dois rirem? É algo íntimo, só dos dois. Bem, foi como ter alguém ali, vendo tudo, no nosso meio. Vou ter que arrumar outra gaveta... Colocar as fotos em algum outro cartão de memória... Deixou de ser íntimo, deixou de ser nosso... :(

6 de jul. de 2015

Então... hoje li o depoimento de um moço, sobre ele ir numa festa, ver uma mulher de vestido curtíssimo, bebendo, e com aquela "cara de safada", de quem está querendo. E ele detalhou o jeito que foi conversar com ela, de como dançaram e deram aquele super beijo, e de como o tesão foi crescendo e levou os dois a transarem no primeiro encontro. Depois, os seus pensamentos sobre como ela era um furacão na cama, e a sua conclusão sobre ter sido uma pena ela ser uma "mulher de uma noite só", pois ela era realmente marcante. E ele deu bastante ênfase nos seus pensamentos sobre como ela era uma moça "desse tipo", que você só troca telefones na manhã seguinte por formalidade, mas que sabe que não vai ligar, porque ela não é moça "pra casar". Mas então, começou a falar sobre como ele não conseguia tirá-la da cabeça, e logo depois, contou que ela estava na sua cozinha, preparando a lancheira pro seu filho levar pra escola, e como ela era, além de uma mulher sensacional, um furacão na cama, e tudo mais, uma mãe maravilhosa, uma esposa fiel e dedicada! Aí, óbvio, meus olhos brilharam.

Sei que sou meio (leia-se totalmente) 'atiradamente' impulsiva em tudo. Mas nem sempre isso é um defeito, tenho boas lembranças, e levo sempre o melhor de tudo que vivo. E nunca (depois de me descobrir realmente) deixei de saciar meu tesão, ou fazer o que eu estivesse com vontade, por medo de julgamentos. Queria encontrar alguém que não me julgasse por isso, alguém que não me deixasse com medo de dizer um número, aquele número.  Bem, acontece que eu encontrei.

AEHOOOOOOOOOOOOOOOO *--*



30 de jun. de 2015

Sobre as coisas que andam me marcando muito ultimamente!





Um jogo maravilhosamente instigador, empolgante, lindo e engraçado! Me enche de amor, de responsabilidade pela felicidade alheia, de determinação em conseguir as coisas e a justiça acima de tudo! HIUAHEHUAEHUIHAEUEHAU Maravilhosidade, que só o meu doninho poderia ter me apresentado (aquela fábrica de lembranças e sensações mágicas!)

19 de mai. de 2015

Acho que o único lugar que eu não tatuaria são os ombros, amo eles livres e leves e destampados! HIUEAHIUAHIEA :3

Como se eu mesma já não soubesse dos meus egoísmos...

Eu sei o que eu quero
Sei o que eu vou
Mas ainda assim
Insisto em perguntar
Só pra garantir
Como se eu mesma já não soubesse...

Sou feita de lágrimas, e cigarro, e chá
Não tem mais nada que tenha me definido como sou
Não tem nada que tenha me definido mais como sou
Não tem nada mais como eu era.

Desequilibrada, azul e vermelha
Afogada, de água e de ar
Dolorida, de pancada e de amor
Interiormente nunca estabilizada.

Sem definir, sem lugar, sem chão.

Como se eu mesma já não soubesse
Que eu talvez goste do caos
Da correria e da choraceira
Do ranho escorrendo e das ligações compridas
Do 'te acalma mulher, que é cedo'

Ou sou cachaça, ou sou chá
Sou cachaça e chá.
Nada além disso,
Sempre isso.

12 de mai. de 2015


Talvez eu não saiba lidar com nada.
E onde estão minhas pontas, quando eu preciso?
Como faço pra encontrar um lugar pra segurar?
Como faço, quando meu ponto de equilíbrio está perdido?
Me afundar em números, nesse lugar chuvoso e cheio de cores sem brilho?
Me afundar nas causas e motivos, de coisas que não me importam agora?

Eu sinto o geladinho da chuva, e isso só acentua minha dor.
O quentinho do notebook ligado, agora só me amornece.

Esqueci de ser quente, ando só morna.
Talvez, eu tenha entrado em equilíbrio térmico
Com o que? Isso eu não sei
Não sei de onde tirei toda essa frieza que pareço ter.

Não sei como parei nesse caos.
Nunca tinha encontrado um centro de gravidade tão intenso.
Se é luz, eu me destaco.
Se é negro, desapareço.

Desapareci.

27 de abr. de 2015

Ando com o coração apertado...
Por sair de onde eu não quero.
Por não ir onde eu preciso.
Por não poder acelerar o passo.


30 de mar. de 2015

Ah que drama. Opa, é a Manu vindo. HAUIEHIHAEIUHUEAI

Assim como o Kvothe, sou bem insensata às vezes. Deve ser porque é uma palavra legal. HAIUEHIUHAIUHEA Ta, desculpa mundo. 

Agora deixa eu roubar esse capacete do Braum, aquele bobon, pra ele me agarrar, aquele forçudo lindo que me cuida sempre! Ainnnn *pulinhos e palminhas*

29 de mar. de 2015

Saudade de ter um pico pra correr. Saudade de ter uma biz pra me levar onde eu quero. Saudade de ter um emprego, um gato que me ame, luzes nas paredes do quarto... Saudade de poder comprar uma ice e doritos, correr pro pico da bandeira, e chorar rios lá, pra me acalmar. E agora, pra onde eu corro? Como eu libero a dor? Como eu neutralizo a alma? Como?

28 de mar. de 2015

E dói como nunca antes havia doído. Deixei-o só, sem saber. E agora quem está só sou eu. Sentada na frente do notebook, contemplando as estrelas que eu tanto amo, sozinha. Molhando a manga da camisa, e a mesa à minha frente. Clamando até pelo meu Khaleeso, que deixei se perder, cair por meus dedos... Vai ver eu não saiba ser a mãe que eu sempre pensei ser... Todos os altares que eu construí, toda a vida que eu sonhei, todos os sonhos que eu criei, joguei tudo pra cima, e ainda machuquei quem menos merecia. Agora, quem sofre sou eu, por ter sido burra e egoísta.

Espero algum dia me perdoar. Espero parar de chorar. Espero o dia chegar, e espero que ele ainda me olhe com os mesmos olhos apaixonados de sempre, mesmo eu não merecendo.

:(

E, novamente, entre lágrimas, a inspiração.

Um errinho tão pequeno.

Tão grande
A dor.

Causei
Sofri.

Ranhei
Chorei
Melei
Calei.

Ay se soubessem
Como me dói
Ser assim.

24 de mar. de 2015

Sobre escolhas.

E chega uma hora que você vê as luzes mudando de cor. Aí você olha pra sua, e ela está lá, pálida, tremendo sob o ar espesso de chuva que se formou ao seu redor. E o caminho reto parece estar todo molhado, incrível! Agora, depois de muito adiar, escolha! Azul, amarelo, vermelho, preto, marrom... Muitas cores, e você tem que escolher. Não é fácil, mas vai definir muita coisa. É difícil os azuis se misturarem aos marrons, por exemplo. Então, a partir do momento que você escolher, algumas luzes sairão do seu alcance. Mas em contrapartida, outras entrarão. Quem sabe, você não ajude algumas pessoas a escolherem a sua cor? E aí, você vê que a sua luz ficou zoada de repente, e que o tempo está acabando. E antes do seu último suspiro, antes de entrar fundo na rota das luzes pálidas, você se joga em alguma cor! E assim vai indo... Pode tentar mudar, pode melhorar, pode apagar, só não pode é não escolher! Só não pode é levar na mão um pó mágico que muda a tua cor pra agradar aos outros. Só não pode viver sem cor nenhuma! Pesos, vôos, tombos, pulos. Ou aguenta, ou apaga.

Anormal...

... começou a ficar desigual... Começou a pender. Comecei a ir dormir com o coração apertado. Justo eu que tinha jurado não mais o fazer... Justo eu que sempre me esforcei pra não acontecer.

Talvez, se eu olhar de longe, eu consiga encontrar o erro. Mas como, quando já estou tão dentro, tão íntima? Talvez, se eu olhar de longe, eu veja que estou sendo egoísta, ou que o que eu acho que fiz algum dia, na verdade não passou do básico. Eu queria, mesmo mesmo, que não viesse de um lado só. Eu queria que fosse verdade esse meu sentimento de ingratidão. Porque, se não for, então eu não mereço estar aqui. E se eu não mereço, eu saio. Simples assim. Não quero nada que não mereça ser meu, nada que eu não mereça ter.

:(

13 de mar. de 2015

Quem ama inventa

"Quem ama inventa as coisas a que ama...
Talvez chegaste quando eu te sonhava.
Então de súbito acendeu-se a chama!
Era a brasa dormida que acordava...
E era um revoo sobre a ruinaria,
No ar atônito bimbalhavam sinos,
Tangidos por uns anjos peregrinos
Cujo dom é fazer ressurreições...
Um ritmo divino? Oh! simplesmente
O palpitar de nossos corações
Batendo juntos e festivamente,
Ou sozinhos, num ritmo tristonho...
Ó! meu pobre, meu grande amor distante,
Nem sabes tu o bem que faz à gente
Haver sonhado... e ter vivido o sonho!"
Mario Quintana

20 de fev. de 2015

NASA lança vídeo de 5 anos de observação do Sol em apenas 4 minutos

Em comemoração aos 5 anos do Observatório Solar Dynamics, a NASA lançou um time lapse incrível desses anos todos de observação. Foi capturado um quadro a cada 8 horas entre os anos 2010 e 2015. As diferentes cores representam diferentes comprimentos de onda. 


Sério, o sol é lindo demais, e tão gigantesco, que cada uma dessas erupções solares poderia muito bem englobar todo o nosso planetinha... Agora continuando a escrotisse, ele é mínimo, comparado à tantos outros astros! O sol nem é grande, e mesmo assim, é GIGANTE! <3

Eu amo astronomia. Amo isso. AMO.

13 de fev. de 2015

Ela era tão linda e tão grande!

Mas o ar ao seu redor parecia doente... escasso... fraco... Tentei cuidar dela, dar à ela o meu amor, minha água, minha vivacidade, usando de todos os conhecimentos medicinais que conhecia, e saía satisfeito, vendo-a melhor. Mas no outro dia, quando eu voltava para ver como ela estava, parecia ter voltado à estaca zero, como se a a cada dia, ela zerasse e voltasse à mesma doença. Não sei bem como explicar, é como se nem mesmo os animais quisessem mais chegar perto dela, e isso a fazia ficar ainda mais desanimada a melhorar... Quando eu chegava perto dela, cuidava de seus ferimentos e conversava com ela, parecia que até mesmo a cor voltava um pouco ao local, mas era só quando eu estava por perto.
Decidi então me mudar pra lá, fazer uma cama de palha ali mesmo, dentro dela, para que ela estivesse animada sempre! Descobri novos ferimentos, raízes expostas e desnorteadas, crescendo pros lados errados, e tratei de cuidar de tudo. Desse jeito, ela foi se recuperando, retomando suas cores, suas folhas, e deixou até um galhinho novo aparecer!
Mas olhando-a, parecia ainda assim um pouco solitária, como se alguém tivesse tirado dela o significado da vida e da existência... À essa altura do caminho, já haviam olhares curiosos e saudosos da tribo, que vinham me visitar, me trazer alimentos, me criticar e apreciar a minha mais nova amiga. E foi aí que o nosso mais adorado e antigo líder, Kamandhí, veio à mim. Observou-me por mais ou menos uma hora, e calmamente, com aquele olhar que tanto nos faz admirá-lo e respeitá-lo, me disse:
- Você não vê que já está quase morta?
- Bem... eu não sei, mas acho que posso recuperá-la! Devia vê-la quando a encontrei, ela está maravilhosamente melhor, está até criando novos membros! Tenho certeza que ela ainda tem muita vida pela frente, e muito a dar aos iazus e à floresta;
- Deveria abandoná-la! Há outras precisando de ti, que tem mais chances de viver...
Neste momento, olhei-o assustado, aterrorizado, e voltei meus olhos para minha tão estimada e frágil amiga. Não poderia, de maneiro alguma, abandoná-la! Podia sentir o quanto ela precisava de alguém, o quanto era solitária e rejeitada, e de certa forma, me identificava um pouco. Eis que, neste momento, senti um fino pólen cair em minha bochecha e nariz, brilhando como o mais fino ouro, com um cheiro doce... como o de uma dryad! Eu não havia visto nem de longe dryad alguma, mas pelas histórias que me contavam, aquele era o único cheiro que eu poderia imaginar em uma dryad! Então, olhei para Kamandhí, sorrindo como uma criança boba, mostrando-o o pólen em minha bochecha, e então, acompanhando seu olhar perdido, vi a flor da qual o pólen havia caído. Uma linda flor azul, enorme, do tamanho de minhas duas palmas juntas (e tenho mãos bem grandes, diga-se de passagem), com milhares de pétalas, e dois filamentos compridos em seu interior, de um amarelo vívido e brilhante, já sendo mexericada por uma pequena abelhinha. Era a coisa mais linda que eu já havia visto!
- Kamandhí, veja, há esperança, sempre há!
- Sim, mas você não poderá abandoná-la nunca, meu querido. Ela confiou a ti sua mais linda prova de amor, e mesmo tendo desistido da vida, voltou a lutar pela mesma, por você. Esta gigante estava adormecida a muito tempo, e muitos foram os que tentaram cuidar dela. Minha fé em ti agora é ainda maior! Os iazus que aqui gostam de ficar, podem te ajudar, mas ela é sua responsabilidade, de hoje em diante, e para sempre!

12 de fev. de 2015

Explanação de uma cabeça laranja

Talvez eu entenda
A beleza que há
Nas palavras geniais
De um louco do mundo.
Não pertencer
Apenas ser
É difícil
Eu sei.
Mas me diga
Se não é melhor
Conhecer sobre tudo
E não ter nada pra tirarem de ti?
Talvez seja solitário
Ou talvez
Só me faltava a pessoa certa.

Uma alma clara
Que só tem a dar
Sem nada pedir em troca
Uma alma infantil
Que brinca com isopor
E te ama por brincar também!
Uma alma
Que brilhou a minha
Como nunca antes.

Pode não parecer
Por não precisar
Quem precisa vê
Quem precisa, estará.






Um achado... triste, mas bonito.

Tinha os passos leves,
O coração pesado
E um moinho na cabeça.
A tudo o que via atribuía 
Significado
E em tudo que fazia punha
Sentido
Pensava demais
Sentia demais
E pensava demais nas coisas
Que sentia demais
Tinha essa intensidade no
Olhar
Tinha essa certeza no falar
Cruzou meu caminho uma vez
E quis o acaso que em meu
Caminho permanecesse
Colocou sal no meu dia
E minhocas na minha cabeça
(E eu adoro minhocas!)
Pena que entendeu errado o que
Por mim sentia
E quis de mim o que eu já não
Podia
Se ficado tivesse
Talvez pudéssemos ter explorado
Esse infinito que existe em
Cada um
Se ficado tivesse
Talvez pudéssemos ter encontrado
Uma maneira
De levitar juntos
Não sendo o que poderíamos ter
Sido
Resta desejar que consiga
Mudar o mundo
Tanto quanto mudou o mundo em mim

10 de fev. de 2015

22 de jan. de 2015

Um cantinho...

... pra esconder minhas vergonhas, esconder meus orgulhos, esconder minhas escolhas e minhas tolices tão frequentes. Não sei bem se fui feita pra conseguir. Talvez meu encanto resida no "tentar". Talvez eu deva apenas parar, de tudo. Talvez essa dorzinha aqui no peito ainda seja coisa de criança, e eu deveria apenas me conformar com o que é natural, com o que é de instinto, normal. Desconfio de que haja muito mais "talvez" nesse meu blog do que deveria. E sei exatamente qual é o meu intuito com eles. Talvez eu seja só complicada, querendo que descubram sozinhos o que nem eu mesma bem sei. "Colocar nas costas dos outros o que deveria estar nas minhas, apenas".

- Não, criança, não pode se desarmar, não pode ficar sem armaduras, a guerra é todo dia, e pessoas só ficam nuas depois de mortas, no chão, roubadas e ensanguentadas.


~ Ah, quanta tolice desnecessária.