11 de out. de 2016

Só gostaria que você soubesse
Que eu me peguei relendo nossas conversas
Aquelas cheias de poesia
E histórias fantasiosas
Sobre como eu era uma rainha
E você meu servo de amor...

Sobre como eu era um ser de luz selvagem
E você era um caçador
Que aceitaria morrer
Se pudesse ser nos meus braços

Gostaria que você soubesse
Que sempre fui uma romântica
Incurável
Irreparável
Sempre cheia de esperanças
De que na próxima vai dar boa!

Gostaria que você soubesse
Que mesmo que o amor agora
Se mostre de jeitos mais sutis
E rotineiros
Eu ainda gostaria de sentir
A poesia
A música
Tua respiração na minha pele
Tua dedicação pura
Só pra me ver feliz
E não por obrigação
E nem só pro namoro continuar
Mas puramente porque é mágico
E bonito, e faz tão bem!

Gostaria que você soubesse
Que ainda te amo muito
E amo o que somos
Mas amava tanto mais o que éramos...

Cheios de luz
Palavras bonitas
Dedicação poética
Coisas tão bobas
Que relendo as conversas
Fiquei até sem jeito
Pensando comigo mesma
Que idiotas apaixonados!

Gostaria que você soubesse
Que quando éramos idiotas juntos
Eu era a mulher mais feliz do mundo
Que suspirava ao ir dormir
E que abraçava o travesseiro e chorava de felicidade e acordava pulando e enfrentava o cacete que fosse só pra te ver e dormir nos teus braços quentes e amantes!

Gostaria que você soubesse
Que eu gostaria que você não desistisse de mim
Nem do nosso amor bobo cheio de poesia e ritmo
E que eu gostaria muito muito
Que você notasse isso sem eu pedir...

Que notasse meus potes de vidro cheios de amor
E meus jantares românticos a luz de velas
E quando eu coloco um pijama sexy pra você
E as luzes na minha parede
Que não acendem mais...

E acima de tudo
O quanto estou esticando esse poema
Como se fosse um apelo
Um pedido
Do qual eu não quero desistir nunca
No qual eu continuo insistindo
Na esperança de ser atendido
Logo
E sem eu ter que pedir.

Ops

14 de set. de 2016

Preciso desabafar, então lá vem textão.

Desde pequena sempre fui muito cobrada. E via coisas estranhas acontecerem. Coisas que fugiam do meu controle e compreensão, e que hoje percebo como influenciaram quem eu sou e as coisas que eu odeio ou não consigo amar completamente. Fui a primogênita de 8 meses depois do casamento, no começo de uma vida bastante miserável, com pouco dinheiro, pouco tempo e pouco afeto. Minha mãe sempre foi mais carinhosa, e até certo ponto ela era minha melhor amiga. Mas meu pai... sempre foi só uma figura a qual eu sabia que tinha que respeitar porque estava sempre certa. Ele e minha mãe tiveram vários problemas conjugais (e extra-conjugais), que me fizeram ter lembranças até hoje da minha mãe chorando e dizendo que eu nunca poderia me deixar ser dependente de ninguém, que eu devia ser independente e dona do meu próprio nariz. Além disso, ela era também extremamente dependente emocionalmente dele, entao era sempre uma montanha russa de amor e ódio, que me fez chegar ao meu primeiro namoro mal-sucedido, abusivo e humilhante. Tirei minha virgindade com meu primeiro namorado, e fiquei com ele 3 anos, aturando brigas ridículas de possessividade sem sentido, aturando um bêbado que me acusava de ser uma vadia e me deixava com o braço roxo constantemente, vivendo com medo de ficar solteira e perder meu amor verdadeiro (porque minha mãe casou com seu primeiro homem, que também é seu amor verdadeiro, doentio o suficiente pra sair de casa em um dia planejado para traí-la e entregar um maço de cigarros a ela dizendo que ela ia precisar, fazendo-a fumante até os dias de hoje, coisa que eu nunca analisei em minha ignorância naquela época). Já por outro lado, meu pai bradava aos quatro ventos que quando eu saísse do ensino médio, ele ia me dar um apartamento e faculdade, pra eu me formar e me dar bem na vida. E assim eu me criei, sem nenhuma base rígida do que é família (além de respeitar acima de tudo, e quando estiver contrastando as ideias, é porque eu estou errada), com dois modelos de comportamento que eu devia seguir, e pouco incentivo real pra qualquer um dos dois. Virei rebelde. Depois que terminei meu primeiro namoro, me senti livre pra ser eu mesma. Saí de casa com meus 17 anos e fui morar fora, e já estando em uma cidade grande e convivendo com pessoas de personalidade e amor-próprio bastante fortes, pude entender um pouco melhor a miséria emocional em que eu estava. E depois, como falei, virei rebelde. Sempre escutando rock, toda de preto, ideais fortes de independência e vida simples. É o que minha mãe me dizia: ser independente, não depender de homem, ser quem paga as contas e dá chute em bundas desprevenidamente apaixonadas. Mas sempre fui emocionalmente muito fraca, e qualquer pingo de amor na minha direção era superestimado e eu também sempre fui emocionalmente bastante dependente do meu parceiro. Bem maluco, né?

Enfim, agora namoro um cara equilibrado, que conseguiu abrir meus olhos a ponto de eu re-analisar minha vida inteira (como estou fazendo um pouco aqui), e perceber que a culpa não é minha. Eu não preciso conviver me odiando por ser ansiosa, sentimental demais, com medo de rejeição e de conflito, e ao mesmo tempo cheia de ego e sonhadora. Ele me fez perceber que aquilo que meus pais criticam de serem sonhos bobos, na verdade, são super palpáveis e realizáveis, e que eu só preciso de determinação o suficiente e um cadinho de bons contatos.

Por isso, gostaria de desabafar, que minha confusão e desestabilidade emocional e psicológica esteve comigo desde quando eu nasci, e por isso, fiz escolhas erradas e precipitadas, e sou muito julgada por isso. Só que não vou deixar o ego de não poder errar estragar minha vida (mesmo que ela seja um pouco estragada por esse exagero de julgamento). Vou continuar tentando, com o seu o apoio da minha família. Vou continuar lutando pra encontrar meu lugar no mundo. Vou continuar sonhando e querendo fazer deste mundo um lugar melhor, mesmo sendo besteira aos olhos deles. Vou continuar acreditando, e perdoando, mesmo que me decepcione mais mil vezes.

Porque isso, esse traço, eu sei que é genuinamente meu. Nenhum deles é assim, nenhum deles nunca me incentivou a seguir sonhos grandes (a não ser os que envolvessem muito dinheiro). Essa determinação de perdoar e continuar acreditando nas pessoas, esse amor pelas coisas mágicas e boas, esses sonhos grandes e bonitos, isso eu sei que é tudo meu.

E não vou abrir mão do que eu mais amo em mim.

11 de jul. de 2016

Faltas...

Vi uma lua sorridente, que meu amor me mostrou... A mais linda que eu já vi, e ficou ainda melhor porque fazia tempo que eu não tirava tempo de reparar nela... É porque viver no Centro deixa as coisas muito agitadas, sabe... É porque tem muito barulho, e muita luz em cima de mim, e não tenho tempo de pensar ou refletir... Preciso de um lugar calmo, uma bebidinha gostosa, uma musiquinha delícia, e sei que assim conseguirei colocar tudo no lugar...

Eu recuperei minha sanidade colocando os monstros pra fora, e já me sinto infinitamente mais eu mesma. Mas ainda falta a calmaria... Ainda faltam as luzes e o azul, e o vento calmo, ainda falta, mas falta pouco pra não faltar mais.

3 de jun. de 2016

Ok, isso me incomodou, MUITO.

Desde o início me disseram que eu podia tomar cafézinho aqui bem de boas, e agora veio me dizer que cada café desses é 5 reais. Me cortou a vida agora. Viverei sem café. Que pão-duros :/

27 de mai. de 2016

25 de mai. de 2016

É difícil ser forte. É difícil esquecer a dor no peito, e continuar se esforçando. Eu nunca imaginei que fosse ser tão difícil assim. Mas vale a pena. Ver aquele sorriso ilumina todo o meu dia! Ver que ainda consigo deixá-lo bem, mesmo que seja um pouquinho só, é todo o incentivo de que eu preciso.


23 de mai. de 2016

Vai ver eu só me prendo demais no passado. Talvez as coisas simplesmente mudem e não há jeito de fugir disso. Talvez eu só tenha que aceitar e tentar procurar a mágica de agora, das pequenas coisas e beijinhos, dos eu te amos suspirados de manhã, do almocinho caprichado... Deve ser só besteira minha, como sempre.
Será que é drama? Será que é bobice? Talvez, como quase sempre, ou pelo menos é assim que me fazem sentir: sempre cheia de drama desnecessário e de bobice sem sentido. Será que sou tão louca e sem sentido assim?

Eu não gosto de pensar que sim, eu queria que fosse real, que fosse visto e analisado, as coisas que eu sinto e que penso. Não queria ficar no "Ah, logo passa". Eu gosto e acho muito importante quando rolamos na cama, quando você me beija de verdade (algo que só acontece quando eu faço), quando me pega pela cintura e me faz sentir, com gestos mais do que com palavras, a sua mulher. Gosto de sentir que ainda anseia pelo meu líquido, pelo meu respiro, pela minha pele. Mas não tenho sentido mais. Eu me mostro, te pego, te faço me pegar, te chupo, te lambo, te esfrego em mim, te coloco perto de mim, da minha pele, te coloco perto do meu suave, te aperto, te beijo, mas fica só nisso. Queria umas preliminares lentas e molhadas, num dia cheio de cobertas e gemidos, música e calor. Lembro de quando nosso sexo ainda tinha trilha sonora. Lembro de quando era um ritual cheio de luz e som, de místico e mágico. Parece que ficou tudo normal, tudo ordinário e sem importância. Eu sinto um pouco de falta de vontade, um pouco de confiança demais, uma pouco de "Ah, assim tá bom, me mexo menos."

Não sei, só não sinto mais tudo o que sentia antes. Deitar no chão, tomando vinho e escutando Pink Floyd, viajando em outras galáxias assim como a Frisk e o Nabstablook... Escrever poesias e histórias, um pro outro, só pra alimentar o ego e relembrar sempre de como é tudo mágico e especial entre nós dois. A gente era o casal mais maneiro e diferentão do mundo todo, e era tão legal que meu coração apertava de felicidade <3

Hoje estou confusa, perdida, mas ainda assim apaixonada.

4 de mai. de 2016

Gostaria de comentar meu domingo. Segundo o homem da minha vida, os domingos são feitos pra serem nostálgicos, pra rolarem o tempo mais devagar... Confesso que eu nunca tinha notado.

Voltando ao meu domingo com cheiro de luzes.

Acordei tarde, o clima friozinho não impedia a luz do sol de ainda aquecer as peles que tocava. Os miados fracos, juntamente com o barulho do cobertor mexendo, era a minha música. A cortina parecia encantadora, com seus fios translúcidos mudando de cor. A comida, lentamente comida enquanto assistíamos um anime sobre amizade, cabelos coloridos e peitões, estava deliciosa. A mão que volta e meia me procurava estava confortavelmente quente, como sempre!

Fomos passear, e eu tenho certeza de já ter mencionado aqui o quanto amo andar de moto. O sol de lá, mesmo com a interrupção do vento causado pela velocidade da moto, ainda me tocava os olhos, a pele, o cabelo e o coração. Um sentimento maravilhoso de calmaria, conforto e luz me preencheu. Esbordou meu coração num instante, e a vontade de chorar me surgiu. Um choro de emoção, de uma felicidade que não se continha mais no meu corpo pequeno!

E foi assim, gostoso, calmo, cheio de gente bonita e diferente, de cachorros peludos e felizes, de beijinhos pra esquentar os lábios, de refri barato e sopinha *-*
Algumas vezes fico pensando... O que faz as pessoas se odiarem tanto quando estão perto, e se amarem tanto mais quando estão afastadas?

Hoje, rolando o facebook, vi que alguém perguntou a mesma coisa, pra sua mãe. E a resposta dela, por mais simplória que fosse, foi verdadeira.

As pessoas são diferentes, ela disse, e tem dificuldades de aceitar o que é diferente de si. O que não é exatamente como ela, o que não faz exatamente o que ela faria, o que não age exatamente como ela agiria, está errado. É a mania do centro do mundo no próprio umbigo. De longe, os defeitos não aparecem. De longe, ninguém precisa contar tudo o que faz ou que quer fazer, então as suas estranhices ficam apenas com elas, e elas se tornam normais de novo.

Assim, percebo como eu fiz certo em me afastar. Sou diferente demais, e até eu mesma tenho a mania de achar que estou certa e os outros errados. Mesmo assim, consigo perceber que sou errada em julgar, e assim, consigo me corrigir. Mas o ego às vezes cega as pessoas, e elas não conseguem nunca admitir um erro ou deslize, e assim a ignorância as mantêm em seu mundinho, longe das possibilidades, longe do que realmente importa.

Eu as amo, mas é difícil morar onde não é seu lar. Espero que me entendam.