21 de dez. de 2014

Desabando...

Dizem que estou errando de novo, que estou me isolando de novo, que voltei a ser burra e inocente. Dizem que sou vadia, que sexo pra mim é banal, que não tenho fé. Dizem que não escolho bem, que meu dedo é podre, que odeio meus criadores. Dizem que só tenho cara ruim pra ajudar, que tudo é feito sem vontade, que sou anormal. Dizem que me apresentou um mundinho, e nele eu me tranquei.

Sinceramente, eu não quero acreditar que estou errando de novo, que escolhi errado, que "um bom filho, é um bom marido". Não quero que essa dor continue.

Eu não sei pra onde vou, eu não sei o que aprendi, eu não sei o que fazer. Porque afinal, dizem que nem sou mais filha deles. Dizem que minhas tatuagens são "coisa de quem não aceita o corpo que Deus deu". Dizem que eu não baixo a boca pra nada, que virei intocável, que nem meu olhar é mais o mesmo. Eu só vejo mato, e vejo mal, pois há lagrimas em meus olhos, borrando qualquer chance de visão. A dor e o medo me impedem de ver saída alguma.

Não quero mais isso.

12 de dez. de 2014

Devaneios dos dez minutos que antecedem o sono (e que não devem ser deixados de lado!)

Tenho mesmo essa mania de deixar rastros, de jogar pedacinhos de pão no chão, pra ver quem me segue, quem procura entender meus passos tortos, quem tem coragem de ver onde eu já fui, e ainda assim continuar me seguindo. Tenho essa insanidade de deixar explícito o que sou, de onde vim, o que faço, as coisas que amo e que sinto... Pra não esquecer, talvez, ou talvez seja só por mania boba de auto-amor. Gosto de pensar que algum dia alguém as encontrará, e verá nelas a luz que eu tentei deixar, e as seguirá, e as amará, e através delas, me conhecerá tão bem a ponto de saber qual a música que me excita, quais as frases que me fazem chorar, quais os sorrisos que mais fazem palpitar meu coração. Gosto de observar quando alguém começa, e através dali me conquista um pouco, mas logo desiste, por ser grande demais, complicado demais, misto demais... Gosto de ver cada alma vazia sendo deixada de lado por esse meu filtro tão potente, e gosto ainda mais de ver quando passam no teste, e chegam ao meu âmago! Talvez eu seja, desde sempre, desesperada por um amor profundo, desses dos livros, que fazem estremecer num sorriso, que fazem você dar pulinhos, gemidinhos abafados, e abraçar forte e sorrindo o travesseiro antes de dormir. Talvez não, é isso! Eu sou sim uma alma que anseia por um amor que achei ser impossível, por alguém que, mesmo vendo minhas passeadas doidas pela vida e minhas evoluções e 'desevoluções', continuasse a seguir minhas pistas, e continuasse me mostrando que amou me conhecer assim, e mostrar que cada detalhe intrínseco de cada palavra que eu escrevi foi notado, e devidamente memorizado, e mais ainda, colocado em prática. Estou tão infinitamente feliz que poderia me vestir de gatinho, entrar numa caixa de vidro, e tirar o stress de todos que passassem por mim! haha