26 de ago. de 2015

Sobre lares

Lar, é diferente de casa. Por exemplo, eu estou morando na casa da minha mãe. Mas aqui não é meu lar, eu não recebo amor, nem carinho, nem me sinto à vontade aqui. Aqui é só minha casa, não é meu lar. Até sozinha eu consigo transformar uma casa em lar, mas aqui tá foda. Qualquer coisa que eu fizer que não é exatamente o que minha mãe quer, é errado. E aí fica aquele climão chato. Aquele climão de intrusa, sabe...

Estou sendo bem específica mesmo nesse texto, porque eu preciso. Preciso deixar registrado, pra nunca mais cometer o erro de dar mais valor ao dinheiro do que à minha felicidade. Preferir economizar mais, e me incomodar e ser infeliz e amarga.

Sinto falta de escutar minhas músicas, de andar pelada, de tocar violão, de dormir olhando flores iluminadas, de acordar tarde num domingo, de esquecer a comida no fogo e não ter quem me xingue, porque errar é normal. Sinto MUITA falta de receber meus amigos, de fazer uma janta gostosa, de acender velas e incensos e de poder me dedicar à ser feliz, ao invés de acumular. Sinto muita falta, mas ó

HEAR ME ROAR!

To procurando um lar de novo, logo saio dessa casa, e encontro qualquer cantinho que me aconchegue :3 Até porque... home is wherever I'm with you!


24 de ago. de 2015

Dentes apertados. Peito apertado. Quarto apertado. Dor apertada.

Preciso abrir os braços, abrir o peito, abrir os dentes. Preciso do meu doninho me abraçando todos os dias pra me dar um bom dia! Preciso de luzes na parede, de preguiça, de amor. Preciso ser eu de novo, preciso sair daqui.

Help!

11 de ago. de 2015

É que, se dez partes eu tenho, nove delas querem aproveitar todas as frutas e flores agora, enquanto apenas uma grita desesperadamente que algumas frutas estão verdes, outras podres, que algumas flores, por mais que sejam belas, ainda são apenas botões. 

É complicado, mas agora que aprendi que ser uma gigante de armadura o tempo todo não é mais necessário, que posso me sentar desprotegida e fazer qualquer outra coisa que eu ame, que posso mostrar minhas cicatrizes com orgulho, que posso andar até mesmo pelada, e ainda assim me sentir segura, quero isso sempre. 

Sei que vai chegar, mas se você parar pra pensar, minha parte 1/10 é forte pra caralho, veja só! Está até agora lutando, segurando as pontas, pra eu não me intoxicar e morrer envenenada.

Que felicidade saber que encontrei minha stronghold. Como é confortável deitar a noite, e fazer planos com uma certeza (certeza de Manu, mas conta). Como é extraordinário ter a sorte de um amor tranquilo, e ao mesmo tempo, tão chacoalhante! :333


Sobre não cometer erros

Algumas coisas, que a uns dias atrás, na sombra de outras pessoas, regadas com outras frutas (maduras, verdes ou podres), pareciam erros, coisas a se evitar, hoje parecem a coisa certa a se fazer. Hoje eu sei que tudo é relativo, e que amanhã posso mudar essa opinião. Porque sou feita de tudo que há no mundo, e a luz que me vira, também me torce, me estica, me encolhe.

Só sei que talvez, amanhã, eu ache que esteja doida quando ler meu blog, por dizer que nada sei, e que talvez eu mude e ache que saiba de tudo sobre nada, pra depois então, finalmente, perceber que não sei nem se eu sei algo ou não sei de nada.