4 de dez. de 2013

Addicted

Bebendo devagar, com vontade, com uma sede de gosto, e não de líquido, bebendo e sentindo com a língua, engolindo devagar, e com os olhos fechados.

Combinando com um cigarro, sentindo a sensação de arrepios pelo corpo todo, arrepiando pelo por pelo, desde o pescoço, passando pelas costas e pelo peito, indo pra barriga e pelas covinhas das costas, descendo até a virilha deliciosamente, chegando nas pernas e ali descendo bem devagar, pois é a melhor parte. Cada tragada é uma sensação única de relaxamento e turbulência, deixando a cabeça cada vez mais leve e o corpo cada vez mais pesado.

A excitação aumenta, a vontade aumenta, mas sem pressa, sem urgência. Observando deliciosamente o parceiro te olhar com desejo, delineando seu rosto, sua boca, seu pescoço, lhe causando arrepios maiores ainda do que as tragadas. Só o silêncio e um céu pontilhado de estrelas, e uma troca de olhares mais intensa do que a troca de todas as bombas e tiros já feita no mundo. Uma música violenta, e extremamente excitante e sexy. Sem vergonha, sem timidez, ela agora é o predador, quer sentir o gosto de sangue na boca, quer se cansar a ponto de suar e sentir dor! Não tem fofuras, não tem carinho, não tem pressa. Só tem vício, vontade, e a vontade maior é de ser demorado, de aproveitar cada centímetro de pele, de cheiro, de gosto! De apertar, de bater, de puxar, de morder, de xingar, de escravizar, de empurrar, de lamber, de soltar, de torturar lentamente... E quando tudo acabar, uma explosão de cores e de gemidos, de respiração cansada, de suor! O gosto da presa é sua droga, ver a presa se ajoelhando a seus pés, ver a presa implorando por misericórdia, implorando por sua inocência. Tarde demais, a presa é TODA dela. Até ela enjoar.

Repetidamente!


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